Estreia de ‘A fazenda’ foi arrastada
De nada adiantou o cenário bonitinho de “A fazenda”, estreia da Record de anteontem. Quem acompanhou desligou a TV com a certeza de que este tipo de programa se apoia em dois pilares fundamentais: a direção e a apresentação. Nenhum dos dois funcionou ali. Só faltou o cigarrinho de palha para Britto Júnior, que comandou o reality com calma de capiau. Ele parecia ter se esquecido de sua função de animador. Aos participantes, que iam chegando de charrete, fazia perguntas sem a menor originalidade. Isso quando não aparecia claramente lendo o telepromter. A falta de entusiasmo dele foi agravada pelos erros da direção de Rodrigo Carelli. “A fazenda”, que a Record alardeou como grande novidade, tem ritmo... rural. O programa se arrastou para anunciar cada um dos 14 participantes. Eles entravam pela porteira, sob chuva. Aí era exibido um vídeo curricular. Em alguns dos casos, isso foi muito necessário mesmo, já que é um grupo de semicelebridades. A grande atração era Dado Dolabella, o penúltimo a chegar depois de 12 modorrentas apresentações, algumas delas parecendo piadas, como a do ator Théo Becker (que “explicou” a importância do número oito na sua vida e se emocionou ao falar de seu cachorro). Francielly Freduzesky estava vestida para uma festa e a famosa-quem Bárbara Koboldt anunciou seu apelido, Barbarela (te cuida Jane Fonda) e avisou: “Eu perdi um parafuso...”. Ah bom.Por mais que o público tenha a impressão de que os participantes sozinhos “fazem” um reality show, isso não é verdade. Sem uma direção dinâmica e vigorosa e uma edição divertida nada acontecerá. E o estilo lento de Britto Júnior pode no máximo levar o telespectador a ter vontade de balançar na rede e dormir um soninho como só na fazenda a gente consegue.
FONTE:http://oglobo.globo.com/cultura/kogut/post.asp?cod_post=191614&cx=0
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