“A crise do Senado não é minha. A crise é do Senado e é esta instituição que nós devemos preservar”. Essa frase foi dita por José Sarney, senador do Amapá (sim, eu também não sabia disso) e coronel maranhense que, insatisfeito por ter nos dado Maribondos de Fogo, nos brinda com uma das mais acanalhadas afirmações que já pude ver um politico fazer. Essa deve constar ao lado do “Eu nada sei” de nosso ilustre presidente.
Nada nessa mão, nada na outra… cadê a vergonha que estava aqui?
O homem por trás do bigode, sim existe alguém por trás dessa verdadeira massa capilar, pego com as calças abaixadas, foi a tribuna do senado se defender da acusação de ter também usado atos secretos em beneficio próprio.
Na tribuna Sarney, estimulado pela lembrança de que somos milhões de idiotas, afirmou ser uma falta de respeito julgarem um homem com o seu passado por acusações levianas envolvendo sua sobrinha e netos. Ele não sabia que seu neto havia sido nomeado. Fez escola com o presidente. Injustiçado, ele se declarou. Um homem que tanto fez e lutou pelo pais, por todos os brasileiros, injustiçado. Com olhos marejados de lágrimas usou de forma cafajeste a doença da filha Roseana – que também não é nenhum exemplo de honestidade – tentando utilizar algumas técnicas para “influenciar pessoas e fazer amigos”. “Sou o parlamentar mais antigo deste pais, é muito esforço para minha idade”. Quase tive pena dele. Quase perdi a vontade de o mandar pastar no quinto dos infernos.
Cético e impressionado com a cara-de-pau do sujeito eu a tudo ouvia pela CBN. Ele falava, falava, falava e eu, do lado de cá, só conseguia imaginar um mundo perfeito – e utópico – onde Sarney fosse preso. Logo me peguei com um sorrisinho maroto no rosto. Ah, Sarney, com seu bigodon, sendo mulherzinha de um preso chamado Tonhão da 12 (não a arma, 12 polegadas mesmo). Um justo castigo por todas as trambicagens, por ter enriquecido (mais) a custa do povo e por ter escrito Maribondos de Fogo.
É, mas no fim Sarney não é a piada. A piada somos nozes (a pedidos da galera).
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